quarta-feira, 14 de abril de 2010

"Em 6 anos eu vou ter um filho, com ou sem um pai!"


Não acredito em casamento. Ainda acredito em família. E amizade, poucas.
Já provei para mim mesma o quanto consigo ficar só.
Um café solo, chegar e sair sozinha nas festas, no backpacking, nas estradas, na vida... Quase sempre. Faço amizades facilmente.
A vida é mais doce se cercada de pessoas.
Eu me basto. E até gosto da solidão. Chegar em casa cansada e deitar no silêncio... Desligar do mundo.
Medo. Medo de me tornar cada vez mais egoísta.
O outro demanda sacrifícios que uma pessoa que se basta não quer ter o trabalho de lidar.
Quero saber compartilhar e cultivar meu altruísmo, minha compaixão, minha compreensão...
Ando muito sem paciência, comigo e com os outros.
É essa minha relação com a vida, cercada de mim mesma e apenas preocupações comigo mesma.
Algo me incomoda. Esse vazio.
Essa inveja da futilidade e da ignorância alheia.
Talvez eu precise de um filho para amar e me doar. E adoçar mais minha vida.
Alguém para me dar preocupações bobas e pueris. Assim paro de me auto-analisar e analisar os outros. E me irritar.
Devo estar ficando louca. Devem ser os hormônios. Quem me conhece sabe... Sou contra a multiplicação desordenada de seres humanos.
Já há muitas pessoas no mundo. Muitas catrástofes. Muita desordem e decadência.
Mas por que não?
Aprender a abrir mão de coisas importantes para vc mesmo em prol de um outro que depende de vc...
Então digo:

"Em 6 anos eu vou ter
um filho,
com ou sem
um pai!


12 comentários:

  1. Ok, concordo...
    Adote um, já tem tanto filho feito por aí... Em vez de fazer um que vai te jogar na cara que não pediu pra nascer, salve um da miséria.

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  2. sim, vc tem toda razao... é uma idéia q ja me passou mtas vezes pela cabeça... mas algo urgente grita dentro de mim...kkkkkkk... usar esse poder gerador feminino! foda nao?

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  3. Adoro seus textos! Sempre tão reflexivos e bem escritos.
    Tenha um filho, sim! Na minha atual fase, o que posso lhe dizer?
    Mas pense que não encontramos perfeição e plena realização em nada: nem no trabalho, nem na família, nem nos relacionamentos amorosos... Mas, quando coloco na balança, vejo que tudo - trabalho, família, amores... - se encaixa perfeitamente na imperfeição de minha vida!

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  4. Passei por essa fase e a perdi, não por vontade própria, mas pelo relógio biológico que nos comanda e por ter ficado esperando o tal homem "necessário". Então TENHA o seu filho, se realize como mulher, como mãe, como fêmea que é.
    Esse filho, com ou sem pai, a lembrará do prazer que existe em se alimentar peixinhos reais.

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  5. Essa semana descobri que a vida é muito mais simples do que parece.
    como vocë mesma disse,boba e pueril.
    tente ser, sem saber, eh o ke venho tentando fazer (depois de 1 ano de terapia, foi a melhor conclusao que tive ateh agora) bjoo

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  6. Concordo com o comentário acima! E quem disse que depois de ter um filho vc num vai mais sentir o vazio? A vida é assim e é bom que seja... Acho q o dia q a gente num tiver mais anseios, sonhos para realizar...a gente morreu... Dê, viva a vida um dia de cada vez e nunca desista de seus sonhos!!! Te amo maninha lokinha de pedra!!! Bjoooo

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  7. Sobrinho(a)! Adorei a ideia, vamos ter bebes juntas então, pq tb quero engravidar daqui a 6 anos, iupi!!!

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  8. Eu nao acredito no conceito de vazio, nem preenchido. Essas sensações são estupidamente variáveis dependendo da oscilação hormonal (como vc menciona), cansaço, exaltação. Ter um filho implica em uma abdicação de si, dedicação, observacao... Acho complexo decidir colocar uma vida a mais nesse mundo q, como vc mesma disse, está cada vez mais hostil. Bom... mas 6 anos é tempo de sobra para mudar de idéia muitas vezes.

    Beijos!

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  9. ter o filho... não ter o filho... com pai... sem pai... acho q faz parte do seu processo de escolha... e seja a decisão qual for... um ponto q me veio à mente foi o de q qdo se tem um filho, principalmente de forma planejada, talvez seja importante lembrar q por mais q o amor, a educação e a base familiar sejam fundamentais, cria-se o filho para o mundo, e então deve-se ter cuidado ao colocar sobre essa criança o peso de ser a via para a satisfação de seus desejos e necessidades...
    bjos

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  10. parece q to tentado preencher um vazio com um filho... pode ser. pensei q fosse somente um desejo maternal de dar vida, talvez seja subterfugio.
    no fundo eu to tentando resgatar o simples dentro de mim.. parar de ficar filosofando, conjecturando, analisando td ao redor.. neurotizando a vida...mas nao posso negar o q fui e pensei a vida toda.
    como disse jack: "live together, die alone" rs.

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  11. muita gente melhora mentalmente depois que tem filho, simplesmente porque para de pensar nos proprios problemas e se concentrar em criar alguém.
    eh o lance de ser , sem pensar demais em como e porque.

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  12. Apesar de tudo sempre é preferível ter um filho a casar-se, o casamento é normalmente uma prisão para a mulher e limita extremamente a sua autonomia. Um filho ocupa-nos, permite realização afectiva até certo ponto, e ... bem, não é tão absorvente, exigente e castrador quanto um marido.

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