
Não acredito em casamento. Ainda acredito em família. E amizade, poucas.
Já provei para mim mesma o quanto consigo ficar só.
Um café solo, chegar e sair sozinha nas festas, no backpacking, nas estradas, na vida... Quase sempre. Faço amizades facilmente.
A vida é mais doce se cercada de pessoas.
Eu me basto. E até gosto da solidão. Chegar em casa cansada e deitar no silêncio... Desligar do mundo.
Medo. Medo de me tornar cada vez mais egoísta.
O outro demanda sacrifícios que uma pessoa que se basta não quer ter o trabalho de lidar.
Quero saber compartilhar e cultivar meu altruísmo, minha compaixão, minha compreensão...
Ando muito sem paciência, comigo e com os outros.
É essa minha relação com a vida, cercada de mim mesma e apenas preocupações comigo mesma.
Algo me incomoda. Esse vazio.
Essa inveja da futilidade e da ignorância alheia.
Talvez eu precise de um filho para amar e me doar. E adoçar mais minha vida.
Alguém para me dar preocupações bobas e pueris. Assim paro de me auto-analisar e analisar os outros. E me irritar.
Devo estar ficando louca. Devem ser os hormônios. Quem me conhece sabe... Sou contra a multiplicação desordenada de seres humanos.
Já há muitas pessoas no mundo. Muitas catrástofes. Muita desordem e decadência.
Mas por que não?
Aprender a abrir mão de coisas importantes para vc mesmo em prol de um outro que depende de vc...
Então digo:
"Em 6 anos eu vou ter
um filho,
com ou sem um pai!